segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Consultoria: conceitos básicos e principais geradores de demanda.

Sobre a concepção e execução, é quase unânime a opinião dos autores que escrevem sobre consultoria. Parreira (1991, p. 12), por exemplo, define consultoria como “o ato de um cliente fornecedor, dar e solicitar, pedir pareceres, opinião, estudos, a um especialista contratado para que este auxilie, apóie, oriente o trabalho administrativo”. Desse modo, a consultoria pode ser considerada uma prestação de serviço realizada por uma pessoa ou por uma equipe capacitada que, de forma independente, exercem influência positiva com o propósito de produzir mudanças.
Conceitos fundamentais
A organização, por ser um mecanismo dinâmico atuando num determinado segmento - ou vários -, desenvolve suas várias funções através da interação entre as pessoas. Assim, enquanto redes interativas, as organizações dependem de recursos, e da combinação deles, e de processos que são concebidos, percebidos e compreendidos pelas pessoas que as compõe.
 Portanto, para expandir as oportunidades e encontrar soluções para os vários problemas, as organizações buscam na consultoria organizacional mecanismos que possam acelerar o seu desenvolvimento, atualizando técnicas e metodologias de gestão que lhes possibilite fazer frente ao novo contexto econômico globalizado, e de extrema concorrência.
Nessa direção, alguns autores defendem a utilização e eficácia da consultoria organizacional, definindo-a como:
Um processo interativo de um agente de mudanças externo à empresa, o qual assume a responsabilidade de auxiliar os executivos e profissionais da referida empresa nas tomadas de decisões, não tendo, entretanto o controle da situação (Oliveira,2009, p.4).
Tendo a definição do autor como base, pode-se inferir que a consultoria está conformada como um dos meios que as organizações se utilizam para obterem a melhoria dos processos, a diminuição dos seus custos e a otimização dos recursos, sejam eles materiais e/ou humanos. De modo que a Consultoria organizacional visa assistir o cliente nas suas necessidades, através da identificação de problemas, para então, após o diagnóstico, sugerir a implementação de programas ou mudanças concretas na cultura empresarial ou na sua maneira de atuar.
Principais geradores de demanda
a) pressão do mercado por vantagem competitiva; b) necessidade de novos conhecimentos e inovações para enfrentar a globalização da economia; c) necessidade de novas metodologias, técnicas e processos para tomada de decisões com qualidade; e d) questionamento progressivo das realidades da empresa visando um processo de melhoria contínua sustentada.
Muito obrigado e até a próxima postagem.
Bibliografia
OLIVEIRA, Djalma Pinho de Rebouças. Manual de consultoria empresarial: conceitos, metodologia, práticas. São Paulo: Atlas, 2009.
PARREIRA, Francisco E. Consultoria, consultores e clientes. São Paulo: Érica, 1991.

sábado, 17 de setembro de 2011

Consultor de RH: especialista ou generalista?

Estive ausente do nosso espaço, por alguns dias, em razão de algumas situações de ordem pessoal. Resolvidas as questões mais urgentes, retorno ao convívio de vocês, o que muito me alegra, visto que adquirir e compartilhar impressões e conhecimentos funciona, para mim, como um catalisador da vida. Ao regressar, gostaria de comentar alguns aspectos que envolvem a Consultoria, seja ela para expansão ou implementação de processos e/ou projetos, ou se para ampliar e otimizar as competências em Gestão de Pessoas.
Para tanto, definir se a atuação do consultor deve ser de um especialista ou de um generalista, me pareceu bastante oportuno para iniciar uma série de postagens que faremos sobre o assunto, visto que embora o cenário globalizado e dinâmico do mundo corporativo, demande um perfil profissional multifacetado, é preciso ter muito cuidado para não se tornar um “faz tudo”, porque se pode incorrer no equivoco de não fazer nada realmente de forma adequada e com profundidade. Portanto, ser generalista não significa ser superficial, mas, sim, um profissional especialista no Conhecimento e generalista nas Habilidades e Atitudes. Em razão da distorção nesse entendimento, alguns profissionais, de modo especial na consultoria externa, têm encontrado grandes obstáculos e até o fracasso. É o caso típico de falta de foco.
Ao nível de competências, o mercado demanda um CHA diversificado. Por outro lado, exige produtividade e assertividade, deixando claro que as habilidades do consultor devem estar focadas, preferencialmente, em alguns aspectos imprescindíveis para o alcance de resultados, como: métodos e instrumentos utilizados, compartilhamento de idéias e informações sobre a empresa, criação de um clima favorável, gestão dos recursos disponíveis, e alinhá-los ao aspecto motivacional, considerando a cultura organizacional da empresa-cliente em que está realizando a consultoria, e respeitá-la.
Essa tomada de postura visa garantir uma relação tranqüila com a empresa-cliente, na perspectiva de gerar suporte para alcançar resultados positivos, sempre. O profissional de consultoria que não observar esses aspectos, além de descartar sua futura contratação diante dos inúmeros obstáculos que surgirão, poderá ser considerado ineficiente no ramo que atua.
Muito obrigado e até a próxima postagem.