sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Cargo e sua importância - organizações e pessoas

Quase sempre, nas relações profissionais, quando se é apresentado a alguém, de imediato indaga-se: qual o cargo ou posição que você ocupa na empresa? Essa postura revela a importância que o cargo ou posição tem para a estrutura funcional das organizações – e seu desempenho - e para as pessoas que nelas trabalham.
Portanto, o fato é que ao longo de toda sua trajetória profissional as pessoas sempre serão aplicadas nas organizações através dos cargos que ocupam ou ocuparão. Daí a grande preocupação dos gestores em alinhar as tarefas, atribuições ou funções que esses cargos comportam, com as características gerais do seu ocupante.
Sobre o conceito de cargo, é possível encontrar definições um pouco diferenciadas, no entanto, todos os especialistas concordam num ponto: o cargo está ligado a questões operacionais e adequado aos papéis profissionais.
Gil (1999) afirma que “pode-se definir cargo como um conjunto de funções definidas em determinada estrutura organizacional”. Já Chiavenato (2009) assevera que “o conceito de cargo baseia-se nas noções de tarefa, atribuição e função” e, num outro momento, o mesmo autor diz que o “cargo é composto de todas as atividades desempenhadas por uma pessoa [...] que ocupa uma posição formal no organograma da organização”.   
De um jeito ou de outro, as definições apontam para a concepção que o cargo constitui-se numa unidade organizacional que contempla deveres e responsabilidades peculiares, o que revela sua distinção dos demais cargos na organização. E sua posição, no organograma, indica outros aspectos a ele relacionados: qual o nível hierárquico; qual é a subordinação; quem - e a quem - está subordinado e, por último, o departamento ou divisão a que pertence ou está atrelado.
Chiavenato (2009) estabelece distinção em entre tarefa e atribuição alegando que a primeira refere-se às tarefas simples, enquanto que a segunda requer maior intelectualidade por parte do ocupante para desempenhá-las. Por esse entendimento, fica assim definida a composição do cargo: a) tarefa - atividade individualizada, simples e repetitiva, executada pela pessoa que ocupa o cargo; b) atribuição - mesmo sendo atividade individualizada como a tarefa, é mais sofisticada, menos braçal e mais intelectual; c) função - se conforma na reunião de tarefas ou de atribuições, sistemáticas e reiteradas. Cabe ressaltar que no caso da função, pode ser exercida por pessoas que não ocupam cargos, de forma provisória ou mesmo definitiva.
Outra definição a ser conhecida está relacionada ao ocupante do cargo, que é a pessoa designada para desempenhá-lo, e do qual espera-se a execução satisfatória das atribuições que lhe são concernentes, subordinação a chefia, supervisão dos seus subordinados e responsabilidade.
Muito obrigado e até a próxima postagem.
Bibliografia
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano nas organizações. - 9. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
______. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas Organizações. SP: Atlas, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Administração de Recursos Humanos: um enfoque profissional. SP: Atlas, 1994.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sobre o Organograma


De modo geral, a definição encontrada na literatura voltada para a administração descreve o organograma como sendo a representação gráfica dos cargos e das relações hierárquicas travadas no ambiente organizacional. Ou, como afirma Chiavenato (2001, p.251), “organograma é o gráfico que representa estrutura formal da empresa”. E, apesar de não revelar os relacionamentos informais, traduz de forma inequívoca a divisão do trabalho e as posições existentes nas organizações, seu agrupamento em unidades e a autoridade formal (MINTZBERG, 1995).
Portanto, o organograma é uma espécie de diagrama utilizado nas organizações, pequena, média ou grande, para representar as suas relações hierárquicas, cargos e as posições ocupadas, ou no mais simples dos casos, a distribuição dos setores, unidades funcionais, além de tornar visível a todos os seus componentes, a comunicação travada entre eles.
Alguns pesquisadores, ao discorrerem sobre a origem do organograma ou sua utilização nas organizações modernas, apontam como sendo obra do norte americano, administrador de ferrovias nos EUA, Daniel C. MacCallum, por volta de 1856. A partir daí, o organograma assumiu papel estratégico nas organizações por todo o mundo.
Dependendo da empresa e da situação, o organograma é representado nas formas ou tipos abaixo:
a) vertical (ou clássico) - mais usado para representar claramente a hierarquia na empresa; b) circular (ou radial) - sem preocupação em representar a hierarquia, busca ressaltar o trabalho em grupo.  As instituições contemporâneas ou do terceiro setor, costumam se utilizar desse modelo; c) horizontal - que mesmo tendo como base a hierarquização da empresa, procura amenizar os seus efeitos, permitindo uma relação próxima da informalidade; d) funcional - parecido com o organograma vertical, ele enfoca as relações funcionais da organização, e não a hierarquia; e por último, tem-se o organograma matricial, que tem como característica principal a representação dos grupos de trabalhos por projetos, que podem ser temporários.
Muito obrigado e até a próxima postagem.
Bibliografia
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2000.
MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes - estruturas em cinco configurações. São Paulo: Atlas, 1995.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Recompensa, Remuneração ou Salário?


A corrida por um espaço no disputado mercado da atualidade tem feito com que a as organizações se voltem para os seus recursos humanos e reconheçam o seu valor. Antes relegados a meros recursos, equiparados aos demais que compõem as empresas: estrutural, financeiro, tecnológico etc., hoje, os colaboradores experimentam a sensação de serem ‘desejados’ e são vistos como fatores que geram competitividade.
Esse novo contexto organizacional - e de mercado - não tem dúvidas sobre o importante papel que as pessoas desempenham nas empresas, como principais agentes de realização e de transformação de realidades. Em razão disso, justifica-se a postura assumida, em que os organismos empresariais traduzem essa valorização em recompensas.
Sobre o termo recompensas, e sua aplicação nas organizações, especialistas definem-no como um sistema amplo que comporta vários componentes, dentre os quais é possível destacar os elogios, as promoções, participação em eventos e programas de capacitação etc. Contudo, há um ponto que todos concordam: a remuneração, certamente, se coloca como o mais importante.
Dutra (apud ROCHA, 2009) assevera que “a remuneração pode ser entendida como a contrapartida econômica e/ou financeira de um trabalho realizado pela pessoa”. Logo, pelo que aponta o recorte, é necessário, então, estabelecer alguns parâmetros da remuneração e esclarecer equívocos envolvendo os termos recompensa, remuneração e salário.
A remuneração, que envolve aspectos sociais, psíquicos, organizacionais econômicos, institucionais, políticos e éticos (LEME e BELCHER apud ALBUQUERQUE, 1982), é dos componentes da recompensa e contempla o salário, sua parte fixa e regular, mais a remuneração variável, ações e PLR[1] e os benefícios, traduzidos em assistência médica, vale-transporte, seguro de vida em grupo, entre outros.
Portanto, as mudanças ambientais forçam as mudanças nas empresas, nas suas políticas e práticas de recursos humanos, e nos seus sistemas de remuneração, inclusive funcional ou sistema baseado em cargos.
Muito obrigado e até a próxima postagem.
Bibliografia
BUENO, José Hamilton. Manual do Selecionador de Pessoal. São Paulo, Editora LTC, 1994
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2002.
__________. Recursos humanos: o capital humano nas organizações. - 9. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
DAVENPORT, Thomas O. Capital humano: o que é e por que as pessoas investem nele. São Paulo: Nobel, 2001.
DESSLER, Gary. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas e Recursos humanos - PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. - 1 ed. - 3. Reimpr. - SP: atlas, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Administração de Recursos Humanos: um enfoque profissional. SP: Atlas, 1994.
KATZ, Robert. As Habilitações de um Administrador Eficiente. São Paulo: Ed. Nova Cultura, 1986.
REZENDE. ENIO. A força e o poder das competências. Rio de Janeiro: Qualittymark. 2004.
VERGARA, Silvya Constant. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2000.
WOOD JR., Thomaz; PICARELLI-FILHO, Vicente. Remuneração e carreira por habilidades e competências: preparando a organização para a era da empresa de conhecimento intensivo.3.ed.rev e amp. São Paulo: Atlas, 2004.


[1] Participação nos Lucros e Resultados.