Observa-se,
hoje, que é lugar comum as discussões sobre o posicionamento no Mercado de
Trabalho ou o grau de Empregabilidade ideal ou desejável que o profissional
precisa possuir. De modo que discorrer sobre essa questão parece oportuno, sem
contudo, pretender esgotar o assunto ou mostrar erudição nas variadas
abordagens que a temática comporta, mas, diletantemente tecer alguns
comentários sobre ela.
Então, isto
posto, desponta o questionamento: os profissionais costumam vender bem seu produto
no mercado? Talvez, muitos não tenham dado a devida atenção a essa questão,
apesar da sua importância. Seja por falta de consciência do seu potencial
profissional, e de quanto ele vale no mercado, ou pela pressão que o mesmo
exerce sobre o emprego na atualidade.
O fato é que
em meio a tantos avanços, o mercado de trabalho fica cada dia mais exigente
quanto às suas contratações, de modo que os profissionais são pressionados a
otimizar sua empregabilidade, ou seja, precisam desenvolver o perfil desejado
pelas empresas. Logo, decorrente dessa exigência, um outro questionamento
emerge: será que é possível atingir o patamar requerido? Especialistas apontam
que embora não seja fácil, não é, todavia, impossível. O problema reside no
fato que é preciso pagar o preço; na vida nada ocorre por acaso, em que pese as
afirmações em contrário daqueles que colocam tudo nas mãos da sorte.
Sobre o
fator sorte, o jogador de Baseball
norte-americano, Elmer G. Letterman (1914-1944), afirmou que “Sorte é quando preparação encontra
oportunidade”, no que concordo com ele, ademais, a afirmativa sugere sincronicidade.
De maneira que para alcançar objetivos profissionais, a formação básica e os
cursos de especialização, entre outras iniciativas voltadas para a apropriação
e o aprimoramento do conhecimento, são essenciais. Associa-se a isso, foco, esforço
contínuo e boa dose de ousadia e criatividade na comunicação dos talentos
desenvolvidos, ao mercado. As posturas sugeridas podem, e muito, ampliar as
chances de entrada no mercado de trabalho de acirrada competitividade.
Estudos
revelam que um dos gargalos desse processo de inserção, é o fato das
instituições voltadas para a formação profissional no Brasil terem demorado a
despertar para a realidade que além das qualificações técnicas, os
profissionais precisam contar com outras competências e habilidades:
conceituais e humanas, de modo especial essa última. Outro ponto importante, é
que semelhantemente ao que fazem as empresas, os profissionais devem elaborar
estratégias de lançamento do seu produto no mercado. A sua profissionalidade ou
carreira deve ser trabalhada como os produtos e serviços no contexto
empresarial, direcionada para um determinado segmento e revestida de todos os
cuidados que um bom marketing recomenda, sem contudo, desprezar aspectos éticos
e morais, que devem permear toda e qualquer ação profissional – ou pessoal.
A avaliação
do perfil, ou estágio profissional, nesse processo de alavancagem da carreira
profissional é crucial, embora, quase sempre, colher feedback sobre atitudes e comportamentos – primordial para ampliar
a visão de si mesmo - cause sofrimento e dor emocional. Qual é meu diferencial
em relação aos profissionais da minha área? Quais os meus pontos fortes e
fracos, oportunidades e ameaças? O que o mercado espera de mim? Essas e outras
questões pertinentes à dimensão profissional devem fazer parte do seu
cotidiano.
Por outro
lado, é preciso considerar que toda carreira atravessa fases e, nesse processo,
duas variáveis são especialmente importantes: potencial e desempenho. Todo
produto gera expectativa quanto ao seu potencial de retorno do dinheiro,
energia e tempo nele empregados, e se o retorno não vem, medidas corretivas
precisam ser implementadas ou, nos casos extremos, a substituição do produto é
inevitável. Com relação a vida profissional não é diferente; as empresas
contratam visando obter maior produtividade e rentabilidade, caso isso não
ocorra, a demissão é certa.
Cabe
ressaltar que mesmo o trabalho sendo uma necessidade premente de subsistência
humana, o profissional precisa considerar sua vocação e motivação para área na
qual atua ou vai atuar, caso contrário, as chances de fracasso são quase
certas, porque mesmo realizando suas atividades profissionais a contento, se
não for feliz no que faz, não cuidar do seu emocional, sua vida pessoal e
afetiva, não será de fato uma pessoa de sucesso.
Alguns
defendem que os fins justificam os meios ou que ter dinheiro é o que conta,
entretanto, agir com consciência, de forma ética e com satisfação, tem seu
lugar no mercado, haja vista o que disse o CEO da Coca Cola, Bryan Dyson, ao
deixar seu posto de comando: “Imagine a
vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que são
lançadas no ar... Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e
o espírito. O trabalho é a única bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula
para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e
ficarão permanentemente danificadas. Entendam isso e assim conseguirão o
equilíbrio na vida”.
Muito
obrigado e até a próxima postagem.