quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Psicologia Organizacional e a Gestão de Pessoas



     Na sua origem, o termo psicologia, do grego psique e logos, literalmente, traduz-se no estudo da alma, e, com o passar do tempo, assumiu conotação mais ampla, passando a relacionar-se mais apropriadamente com a questão do comportamento humano. E, em que pese argumentos que enquanto ciência, a Psicologia se ocupa de estudos voltados para a consciência, personalidade, entre outras dimensões humanas, o fato é que a expressão dessas dimensões reproduz-se na postura assumida pelas pessoas em suas relações com o meio físico e social, o que é comportamento.
     Consoante a descrição acima, pode-se inferir que sendo o comportamento toda e qualquer ação humana, o propósito da Psicologia fundamenta-se na necessidade de compreender as razões que levam as pessoas a comportarem-se de uma ou outra maneira, identificando variáveis e intervenientes do comportamento, para tornar possível a essa ciência interferir e alinhar, de forma efetiva, a vida das pessoas.
Na sociedade em geral, gerenciar pessoas é uma rotina observada nas igrejas, nas escolas, na família etc., de modo que mesmo não sendo intencional, em determinado momento da vida humana, seja nas relações pessoais ou sociais, o gerenciamento de pessoas está presente. E, nas empresas, essa função administrativa se reveste de estrutura e intenção, compostos dos modelos administrativos, e visa melhorar o desempenho e as relações entre equipes ou grupos de trabalho.
     A Psicologia Organizacional, que tem seu berço na Filosofia, a exemplo da maioria das ciências, se coloca como importante ferramenta de gerenciamento, e com técnicas e práticas por ela desenvolvidas para a área organizacional, sustentadas nos princípios da ciência do comportamento humano, busca otimizar os processos de gestão de pessoas, tendo em conta que os organismos empresariais são compostos por pessoas, que nos vários níveis institucionais; estratégico, gerencial e/ou operacionais, pensam, decidem, realizam tarefas simples ou complexas, dando vida e dinâmica as organizações. 
     Assim, conclui-se que por intermédio do estudo das relações humanas no ambiente de trabalho, a Psicologia Organizacional busca abranger aspectos do comportamento humano ligados à liderança, motivação, relações interpessoais, bem estar, entre outros, essenciais ao direcionamento e controle das ações e relações na ambiência corporativa, com foco na produtividade e lucratividade. Adequadamente conduzida, aplicada, essa ferramenta de gestão oportuniza a instalação de condições favoráveis aos resultados almejados pelas empresas, no alinhamento do pensamento dos colaboradores com os objetivos organizacionais.
     Muito obrigado e até a próxima postagem.

Bibliografia
BANOV, Márcia Regina. Ferramentas da Psicologia organizacional. São Paulo: Cenaun, 2004.  
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada à administração. São Paulo: Atlas, 1992.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: como transformar gerentes em gestores de pessoas. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A Comunicação Corporativa e o Marketing Interno



     No Mundo Corporativo atual, no qual o Mercado revela tendências evolutivas complexas, trabalhar a imagem e a postura da empresa junto ao público interno, essencial ao enfrentamento dessa realidade, fica sob a responsabilidade do Marketing Interno, diretamente relacionado com a gestão de pessoas. No entanto, em razão do custo, as empresas buscam fazer endomarketing de massa, colocando os colaboradores no mesmo patamar, desprezando, por vezes, as estratégias e canais informacionais dessa ferramenta de gestão organizacional responsável por “vender” a instituição, para seus clientes internos.
     De fundamental importância em toda e qualquer organização, a comunicação se mostra, ao mesmo tempo, um grande desafio para os gestores. E, em que pese sua prática diária e corriqueira nos espaços organizacionais, boa parte dos problemas que as empresas enfrentam está relacionada a falhas nos sistemas comunicacionais, que afetam sua reputação e imagem. O consumidor especula sobre as marcas corporativas, seus produtos e serviços, daí o ditado: as empresas são o que os seus clientes pensam delas. Ademais, como afirma Peter Drucker “as empresas existem para atender as demandas da sociedade”.
     A ocorrência de ruídos ou distorções nas interlocuções entre os departamentos ou setores dos organismos empresariais, revela a inadequação das ações comunicacionais corporativas, e, eventualmente surgem situações conflituosas que extrapolam as fronteiras institucionais, e profissionais, alcançando a esfera pessoal. No entanto, o cenário não é de todo pessimista, estudos revelam que a evolução no campo da comunicação humana e suas disciplinas têm permitido que as organizações promovam modificações nos seus métodos de marketing, visando estabelecer um sistema consistente de comunicação.
    Os programas aperfeiçoados, focados na otimização do relacionamento empresa/cliente, contando com a assessoria de profissionais experientes e competentes, passaram a atuar num contexto mais amplo do Marketing, de modo especial, no Marketing Interno ou Endomarketing, que leva em conta aspectos relativos a cultura organizacional, missão, visão, valores e práticas de gestão. A Comunicação e o Marketing Interno, buscam alinhar os objetivos das organizações e das pessoas, de modo que esses últimos se sintam parte da daquelas, em vez de simples recursos operacionais.
     A empresa contemporânea não visa somente a produção de bens e serviços, mas, sobretudo, oportunizar uma ambiência e clima organizacional que permitam aos colaboradores sentirem-se satisfeitos e comprometidos com os interesses dela. A gestão de pessoas assim conformada, tem permitido o crescimento e a consolidação do endomarketing como estratégia de gestão, que longe de ser um modismo, coloca-se como excelente ferramenta de comunicação, com vários canais a disposição de líderes e liderados, que passam a compartilhar um ambiente organizacional produtivo, saudável e alegre.
     Muito obrigado e até a próxima postagem. 
Bibliografia

ALBRECHT, Karl. Serviços internos. São Paulo: Pioneira, 1994.
BEKIN, Saul Faingaus. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. São Paulo: Makron Books, 2000.
BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing de A a Z:como alinhar o pensamento das pessoas à estratégia da empresa. São Paulo: Integrare Editora, 2010.
CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing: educação e cultura para a qualidade. RJ: Qualimark, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. São Paulo: Campus, 2005.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: um enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.
COHEN, W.A. Marketing segundo Peter Drucker: lições estratégicas que revolucionaram os conhecimentos de marketing. São Paulo: Ed. M. Books, 2013.