Nas últimas décadas,
especialistas tem sustentado a necessidade do emprego em larga escala da
criatividade no meio empresarial para seu desenvolvimento e adaptação às novas
realidades de mercado.
Por outro lado,
observa-se que por longo período houve resistência em adotar um posicionamento
nesse sentido, o que se justifica no perfil austero assumido pela maioria das
organizações em razão das teorias de administração que contemplam as visões
taylorista e fordista, excetuando aquelas, consideradas de vanguarda, que atuam
no segmento da Tecnologia da Informação.
As organizações dessa área, TI[1] –
principalmente as voltadas para o desenvolvimento de softwares ou produtos e serviços correlatos -, perceberam a
importância do “recurso humano” e de manter os processos administrativos
adaptados às suas reações ante às novas situações da vida e até as situações
antigas. E, assim, buscaram estabelecer um relacionamento, empresa/colaborador,
de modo a favorecer a criatividade com foco na produtividade organizacional.
As interferências da
forma do homem de perceber a si, e o mundo que o rodeia, com consequente abalo
na natureza comportamental, no universo organizacional, são relatadas por Jacob
Levi Moreno (1999) quando este defende a existência da espontaneidade criativa,
ou seja, a capacidade de reação do homem, de forma nova, a situações novas e,
de forma diferente a situações antigas, sem contudo desprezar a criatividade.
A repercussão disso no
meio organizacional mecanicista, por outro lado, tem se mostrado nociva, visto
que, em muitas situações, as pessoas vão trabalhar sabendo que não devem
interferir de forma direta no trabalho dos colegas, o que sugere não ter ideias
ou que não são pagas para isso, ou até mesmo em razão da liderança autocrática
exercida.
O fato é que, no
contexto organizacional da atualidade, de elevada competitividade, advinda da
globalização e da busca incessante e crescente pelo cliente, algumas práticas
gerenciais adotadas não consideram as características peculiares de cada
organismo empresarial, talvez em função do aligeiramento de sua implementação
ou da busca por resultados imediatos.
Em meio a isso, até mesmo
a criatividade fica sem espaço, visto ser muito comentada, difundida, mas,
contudo, nem sempre posta em prática, o que per
si dificulta o desenvolvimento e a sustentabilidade organizacional. Outro
aspecto a ser lembrado, está relacionado ao fato de certas organizações tomarem
a criatividade apenas como mais uma ferramenta voltada para o sucesso
empresarial, desprezando o fato que ela se conforma como um processo dinâmico
e, portanto, responsável pelo trabalho contínuo de inovação organizacional, que
demanda uma cultura de maior participação de todos os setores e uma visão
sistêmica de gestão.
Sobre a gestão, e sua
eficácia, pode-se afirmar que ela significa a tomada de decisão sobre recursos
disponíveis e, para tanto, deve-se trabalhar com e através de pessoas para
atingir objetivos, tendo em conta as informações obtidas pelos profissionais
envolvidos no processo, no contato com os mais variados meios disponíveis.
Nesse contexto, as
principais funções administrativas, como a fixação de objetivos, a análise e
solução dos problemas, organização e alocação de recursos – humanos,
tecnológicos, financeiros etc. -, liderança e direção, entre outras, são
sustentadas pelos elementos do processo administrativo, ou seja, planejar,
organizar, dirigir e controlar.
Muito obrigado e até
a próxima postagem.
Bibliografia
HAMEL
Gary; Prahalad C. K. Competindo pelo
futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar
os mercados de amanhã. São Paulo: Campus, 1995.
MORENO,
J. L. Psicoterapia de grupo e
psicodrama.
3. ed. São Paulo: Livro Pleno, 1999.
PORTER,
Michael E. Estratégia competitiva:
técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
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