terça-feira, 5 de junho de 2012

Recompensa, Remuneração ou Salário?


A corrida por um espaço no disputado mercado da atualidade tem feito com que a as organizações se voltem para os seus recursos humanos e reconheçam o seu valor. Antes relegados a meros recursos, equiparados aos demais que compõem as empresas: estrutural, financeiro, tecnológico etc., hoje, os colaboradores experimentam a sensação de serem ‘desejados’ e são vistos como fatores que geram competitividade.
Esse novo contexto organizacional - e de mercado - não tem dúvidas sobre o importante papel que as pessoas desempenham nas empresas, como principais agentes de realização e de transformação de realidades. Em razão disso, justifica-se a postura assumida, em que os organismos empresariais traduzem essa valorização em recompensas.
Sobre o termo recompensas, e sua aplicação nas organizações, especialistas definem-no como um sistema amplo que comporta vários componentes, dentre os quais é possível destacar os elogios, as promoções, participação em eventos e programas de capacitação etc. Contudo, há um ponto que todos concordam: a remuneração, certamente, se coloca como o mais importante.
Dutra (apud ROCHA, 2009) assevera que “a remuneração pode ser entendida como a contrapartida econômica e/ou financeira de um trabalho realizado pela pessoa”. Logo, pelo que aponta o recorte, é necessário, então, estabelecer alguns parâmetros da remuneração e esclarecer equívocos envolvendo os termos recompensa, remuneração e salário.
A remuneração, que envolve aspectos sociais, psíquicos, organizacionais econômicos, institucionais, políticos e éticos (LEME e BELCHER apud ALBUQUERQUE, 1982), é dos componentes da recompensa e contempla o salário, sua parte fixa e regular, mais a remuneração variável, ações e PLR[1] e os benefícios, traduzidos em assistência médica, vale-transporte, seguro de vida em grupo, entre outros.
Portanto, as mudanças ambientais forçam as mudanças nas empresas, nas suas políticas e práticas de recursos humanos, e nos seus sistemas de remuneração, inclusive funcional ou sistema baseado em cargos.
Muito obrigado e até a próxima postagem.
Bibliografia
BUENO, José Hamilton. Manual do Selecionador de Pessoal. São Paulo, Editora LTC, 1994
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2002.
__________. Recursos humanos: o capital humano nas organizações. - 9. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
DAVENPORT, Thomas O. Capital humano: o que é e por que as pessoas investem nele. São Paulo: Nobel, 2001.
DESSLER, Gary. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas e Recursos humanos - PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. - 1 ed. - 3. Reimpr. - SP: atlas, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Administração de Recursos Humanos: um enfoque profissional. SP: Atlas, 1994.
KATZ, Robert. As Habilitações de um Administrador Eficiente. São Paulo: Ed. Nova Cultura, 1986.
REZENDE. ENIO. A força e o poder das competências. Rio de Janeiro: Qualittymark. 2004.
VERGARA, Silvya Constant. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2000.
WOOD JR., Thomaz; PICARELLI-FILHO, Vicente. Remuneração e carreira por habilidades e competências: preparando a organização para a era da empresa de conhecimento intensivo.3.ed.rev e amp. São Paulo: Atlas, 2004.


[1] Participação nos Lucros e Resultados.

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